Em 2026, tantas mudanças no cenário tributário brasileiro já me fazem repensar os caminhos de qualquer empresa que deseja importar produtos como pessoa jurídica (PJ). Sinto, nas conversas com empresários e colegas contadores, uma ansiedade natural diante da reforma tributária e das novas obrigações. Pensando nisso, resolvi estruturar este texto para ajudar quem quer importar, pagar menos tributos e evitar armadilhas fiscais. Explico o passo a passo, as novidades com a chegada da CBS e do IBS, e destaco como uma contabilidade especializada como a MCO Contábil pode fazer diferença para você crescer com segurança.
Por que compreender o processo de importação e tributos é tão relevante?
Importar insumos, equipamentos ou mercadorias pode ser um divisor de águas para a PJ que deseja expandir e inovar. Mas, sem informação clara, a gestão tributária dessas operações se torna um verdadeiro nó. Muitos clientes chegam até mim com dúvidas básicas – e nem sabem por onde começar no Siscomex. Faz sentido repreender? Jamais! Eu costumo dizer que, no Brasil, quem ignora a rotina tributária da importação corre perigo constante de autuação e custos elevados.
O que é importação de produtos por pessoa jurídica?
Não é só trazer mercadoria de um país para outro. A importação PJ envolve cumprir normas fiscais, comerciais e aduaneiras que vão do fechamento do negócio até o recebimento da carga. Vou sintetizar os principais passos abaixo:
- Escolha do fornecedor internacional: Verifique reputação, capacidade de entrega e documentação.
- Contrato de compra e negociação de condições: Formalize valores, prazos, formas de pagamento, fretes e seguros.
- Registro no Siscomex: Toda importação precisa ser registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior. Neste passo, você apresenta informações da carga, valores e documentos.
- Desembaraço aduaneiro: Com apoio de despachante ou equipe contábil, pague os tributos devidos e atenda à fiscalização. Só assim a mercadoria será liberada.
- Emissão da nota fiscal de entrada: Assim que a carga chega ao destino, emita a nota fiscal de entrada da importação – indispensável para registrar a operação junto ao Fisco e à contabilidade.
Cada etapa exige atenção especial aos documentos e checklist tributário. Um deslize e o prejuízo pode ser grande.

Quais tributos incidem na importação até 2025?
Antes de falar das novidades de 2026, muitos ainda me perguntam sobre o quadro atual para “importação PJ”:
- Imposto de Importação (II)
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
- PIS-Importação
- COFINS-Importação
- ICMS-Importação
- Taxa Siscomex e, ocasionalmente, IOF
Todas essas siglas assustam, mas com organização se tornam apenas parte do orçamento. Já já explico as mudanças vindas com a reforma tributária e como isso pode afetar a gestão tributária empresarial.
Como a reforma tributária de 2026 muda o cenário da importação?
De acordo com o Senado Federal, “a partir de 2026, o Brasil implementará uma nova tributação sobre o consumo”. A velha sopa de letrinhas PIS e COFINS será substituída pela Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), enquanto ICMS e ISS serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). E o que isso traz para importadores?
O novo modelo tributário busca eliminar a velha cascata de impostos acumulados em cada etapa. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, deixar essa cobrança não-cumulativa tornará produtos brasileiros mais competitivos e trará redução de custos para operações de frete e seguro ligados à exportação.
Mudanças tributárias sempre mexem nas estratégias das empresas.
Principais alterações na prática
- PIS/COFINS >> CBS: Incidência na entrada do produto nacional ou importado.
- ICMS/ISS >> IBS: Incidência estadual, impacto variável conforme estado de destino.
- Possibilidade de crédito do tributo ao longo da cadeia (acaba a cascata de tributos sobre tributos).
- Alíquota diferenciada prevista só em setores estratégicos. Empresas precisarão acompanhar constantes atualizações e exceções, conforme alerta do Senado Notícias.
Exemplo de cálculo:
Para ilustrar, simulo a importação de uma máquina industrial de R$ 100.000:
- Imposto de Importação: 12% (R$ 12.000)
- IPI: 5% (R$ 5.000)
- CBS: 9,25% (R$ 9.250, substitui PIS/COFINS)
- IBS: 13% (R$ 13.000, ao invés do tradicional ICMS estadual)
Dependendo do produto e destino, as alíquotas variam. Atenção especial para exceções normativas e ajustes anuais.
As novas regras exigem atualização constante do time contábil e, na dúvida, a consulta com empresas especializadas pode evitar surpresas.
Boas práticas de gestão tributária na importação PJ
Até aqui, compartilhei muito do que vivi acompanhando clientes da MCO Contábil. Várias decisões para definir se vale a pena importar passam por analisar o regime tributário, checar cruzamentos da legislação, fazer simulações e ter controle de documentos. O melhor é separar por tópicos:
- Escolha do regime tributário: O Simples Nacional é limitado (só para empresas pequenas, e nem sempre vantajoso para quem importa). Lucro Presumido ou Lucro Real podem compensar, pois permitem crédito de impostos e melhor planejamento.
- Planejamento tributário: Monte cenários, antecipe mudanças legais e, se possível, negocie prazos e condições com fornecedores que aceitem planejamento conjunto de despesas e repasses de custo tributário.
- Ferramentas de controle fiscal: Automatização de lançamentos, monitoramento de obrigações acessórias e atualização do cadastro no Siscomex são trunfos que fazem diferença. Sempre recomendo aos clientes adotarem sistemas integrados e manterem relatórios claros.

Gestão tributária não é só cálculo, é estratégia e registro preciso.
Como a MCO Contábil pode ajudar?
Eu, pessoalmente, sigo o mantra: evite improviso com impostos. É aqui que vejo a diferença entre quem sobrevive no mercado e quem cresce legalmente e com saúde financeira. Na MCO Contábil, orientamos empresas desde a análise prévia do fornecedor estrangeiro, passando pelo correto enquadramento tributário, simulações de custos e a emissão de notas fiscais conforme exigido pela Receita Federal. Tudo isso com uma solução digital integrada e, claro, atendimento humano para dúvidas e imprevistos.
Conclusão: segurança e clareza, sempre
Se tem algo que 20 anos na estrada me ensinaram, é que um bom processo de importação para pessoa jurídica depende de atenção aos detalhes, atualização constante e apoio técnico. A reforma tributária de 2026 simplificou (um pouco) o modelo, mas seguir boas práticas, simulações e contar com uma contabilidade atualizada ainda faz toda a diferença. Não arrisque sua margem, não deixe passar prazos – e, se precisar de apoio, conheça os serviços completos da MCO Contábil para transformar o processo de importação PJ em uma oportunidade real e segura de crescimento.
Perguntas frequentes sobre importação PJ em 2026
Como importar produtos PJ em 2026?
Em 2026, o processo segue etapas clássicas: escolha do fornecedor internacional, negociação e fechamento contratual, registro da operação no Siscomex, pagamento dos tributos (agora incluindo CBS e IBS), desembaraço aduaneiro e emissão da nota fiscal de entrada. Acompanhe as orientações do seu contador e mantenha toda a documentação organizada.
Quais tributos devo pagar na importação?
Os principais tributos em 2026 são Imposto de Importação (II), IPI, CBS (substituindo PIS e COFINS), IBS (no lugar do ICMS/ISS) e taxas administrativas, como a do Siscomex. Veja sempre as exceções do seu produto e consulte o regulamento vigente.
Vale a pena importar produtos PJ?
Na maioria dos casos, importar produtos pode trazer tecnologia, preço competitivo ou diferenciação para a empresa. Entretanto, a análise tributária e de custos deve ser feita caso a caso. A reforma tributária tornou a cadeia mais transparente, mas cada produto exige simulação própria.
Como calcular impostos de importação PJ?
O cálculo reúne todas as alíquotas: aplique o imposto de importação sobre o valor da mercadoria, depois some IPI, CBS e IBS (usando as bases e percentuais definidos por lei para cada caso). Use planilhas atualizadas e, se possível, um sistema de gestão ou orientação contábil.
Onde encontrar fornecedores confiáveis para importação?
Busque referências em câmaras de comércio, participe de feiras internacionais e trabalhe com pesquisas detalhadas de reputação. É indispensável verificar documentação, histórico de entregas e condições comerciais antes de fechar negócio.