Pessoa usando computador e smartphone verificando vendas online e impostos digitais em ambiente de escritório moderno

IBS e CBS: 5 dúvidas frequentes de quem vende online em 2025

A reforma tributária, já tema central de várias rodas de conversa entre empreendedores, está se tornando uma realidade no Brasil. Especialmente para quem vende online, seja em marketplaces ou e-commerce, as dúvidas só aumentam à medida que 2025 se aproxima. Palavras como IBS e CBS começam a aparecer a todo momento. Mas, afinal, o que muda? Quem paga? Como calcular tudo isso? E, principalmente: como garantir que sua empresa esteja em dia e não pague além do necessário?

Novas regras, novas oportunidades… e novas preocupações.

Se você vende camisas via aplicativo, importa acessórios para pet shops ou oferece cursos digitais, pode ter certeza: será impactado. Por isso, vamos responder às 5 dúvidas mais comuns sobre IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) para vendas online em 2025, usando um tom leve, direto e focado no que realmente interessa a quem empreende.

Quem deve pagar ibs e cbs nas vendas online?

A principal dúvida de quem atua no e-commerce é simples: quem vai colocar a mão no bolso? Tanto o IBS quanto a CBS surgem como tributos obrigatórios para pessoas jurídicas que comercializam produtos ou prestam serviços, incluindo aplicativos, lojas virtuais e quem atua em marketplaces.

  • IBS: será o tributo aplicado sobre a circulação de bens e serviços, atingindo vendas de produtos físicos, digitais e alguns serviços de modo geral.
  • CBS: substitui contribuições federais anteriores, incidindo sobre receitas de vendas (produtos e serviços) e também abrangendo operações online.

- Se você vende camisetas personalizadas por um marketplace, pagará tanto IBS quanto CBS.- Se vende um curso digital na própria plataforma, estará sujeito ao mesmo pagamento desses tributos.- Até pequenos negócios de venda direta por redes sociais precisarão considerar essas regras.

Diversos produtos digitais e físicos em um tablet e celulares Atenção: Pessoas físicas que vendem ocasionalmente (sem empresa aberta), por enquanto, não entram nesse regime.

Qual a alíquota efetiva para e-commerce em 2025?

Muitos ainda se perguntam: quanto exatamente será cobrado?

Alíquota do IBS: estimada como um tributo agregado estadual/municipal, ficando entre 14% e 18%.Alíquota da CBS: projeção acima dos 8%, podendo variar conforme ajustes até a implementação total.

  • Mercadorias vendidas por lojas virtuais: pagam ambas as alíquotas, em regra.
  • Serviços online, cursos, apps e assinaturas: também pagam, com possível ajuste específico segundo definição da legislação.

Por exemplo, se você vende um livro digital por R$ 100, pode aguardar um desconto de 18% do IBS (R$ 18,00) e mais 9% da CBS (R$ 9,00), restando R$ 73,00.

Números finais só serão fechados após as últimas regulamentações.

É verdade, há quem ache que ficará “mais pesado” para pequenas lojas. Por outro lado, a promessa (ainda vazia?) é de mais simplicidade ao cálculo e à apuração.

Como funciona a partilha do imposto entre estados e municípios?

Quem nunca ficou confuso com regras de ICMS, ISS e taxas diferentes para cada estado? Uma das grandes promessas da reforma é simplificar esse cenário, especialmente para vendas online interestaduais.

Com o IBS, o foco da partilha vai para onde o cliente está (destino). Ou seja:

  • Venda de São Paulo para Recife? O IBS daquele produto será repartido, priorizando Recife (local do consumidor).
  • Se você opera um marketplace que entrega para vários estados, cada nota fiscal registrará a destinação adequada.
  • Municípios também recebem uma fatia do tributo com base na localização do cliente final.

O objetivo dessa mudança é evitar a guerra fiscal e simplificar obrigações para o vendedor.

Em resumo: não importa mais tanto onde está sua empresa. Basta olhar para onde vai a mercadoria.

O ibs e cbs substituem outros tributos (pis, cofins, icms, iss)?

Essa pergunta aparece em todos os grupos de empreendedores digitais: os novos impostos vão mesmo substituir os antigos?

A resposta é: sim, mas vai ter transição. O IBS e a CBS são a grande aposta para eliminar tributos considerados confusos, como:

  • PIS
  • Cofins
  • ICMS (estadual)
  • ISS (municipal)
  • IPI (em algumas situações)

Durante os primeiros anos da reforma, haverá um período de convivência e ajuste. Por isso, pode ser que em certos momentos você veja tributos antigos e novos convivendo na mesma nota fiscal. Mas o objetivo é que, com o tempo, só apareçam IBS e CBS nas vendas online.

Simplificação, aos poucos, é o novo lema.

O que muda na emissão de notas fiscais eletrônicas para quem vende online?

As notas fiscais eletrônicas (NF-e) também passam por mudanças para refletir os novos tributos digitais.

Os detalhes práticos das notas eletrônicas com IBS e CBS ainda estão sendo finalizados, mas o esperado é:

  • Novos campos específicos para informar IBS e CBS, substituindo os antigos de PIS, Cofins, ISS, etc.
  • Destaque do local do destinatário (consumidor final).
  • Possível unificação de regras entre municípios e estados, facilitando a emissão por plataformas de e-commerce.
  • Integração mais direta do sistema da Receita com marketplaces e lojas virtuais.
Nota fiscal digital sendo preenchida com destaque para impostos Fique atento: quem emitir nota fiscal manualmente vai precisar reaprender muita coisa.

Se você vende usando plataformas automatizadas, provavelmente as atualizações virão por integração. Quem faz processos manuais precisa se atualizar para evitar erros e autuações.

Conclusão: prepare seu e-commerce para o novo cenário tributário

Para quem já achava complicado lidar com ICMS, ISS, PIS e outros, parece confuso passar a lidar com IBS e CBS. Mas o objetivo da reforma tributária é simplificar obrigações, unificar tributos e dar mais transparência. Nada muda de uma hora para outra, mas vendedores online precisam já se planejar em 2025 para:

  • Mapear vendas por estado e município de destino.
  • Rever precificação, considerando as novas alíquotas projetadas.
  • Ajustar sistemas de emissão de nota fiscal e faturamento.
  • Buscar orientação contábil antes de tomar decisões importantes.
O segredo é informação e atitude antes da virada da lei.

Se possível, não espere o prazo final para se adequar. Uma conversa com um contador de confiança pode evitar dores de cabeça, autuações e até mesmo ajudar a pagar menos impostos de forma legal. Em um cenário onde cada ponto percentual importa, preparar-se para o IBS e CBS faz toda diferença para quem vive das vendas online.

Quer entender como reduzir riscos, pagar menos tributo e vender com mais tranquilidade em 2025? Procure um especialista em contabilidade digital e garanta que seu e-commerce seguirá crescendo sem surpresas desagradáveis no caminho.

Perguntas frequentes sobre ibs e cbs

O que é IBS e CBS?

IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) são tributos criados pela reforma tributária de 2025. O IBS substitui impostos estaduais e municipais (como ICMS e ISS) sobre circulação de bens e serviços. Já a CBS substitui tributos federais (PIS e Cofins), incidindo sobre a receita de vendas (produtos e serviços), inclusive para vendas online.

Como emitir nota fiscal com IBS?

A emissão de nota fiscal com IBS será feita normalmente pelo sistema eletrônico, mas usando campos específicos para IBS e CBS, conforme o novo layout. Será necessário informar o local do destinatário e valor de IBS destacado. Sistemas de automação deverão ser atualizados, mas empresas que emitem notas manualmente deverão se adaptar ao novo formato para evitar erros.

Qual a diferença entre IBS e CBS?

A diferença está no nível de competência e aplicação. O IBS é estadual e municipal, incidindo sobre circulação de bens e serviços, enquanto a CBS é federal, incidindo sobre faturamento e receitas de vendas. Ambos compõem o novo modelo de impostos digitais e simplificam a cobrança para vendas online.

Vale a pena aderir ao IBS em 2025?

A adesão ao IBS não é opcional para empresas do segmento de vendas online; ela é obrigatória no novo cenário tributário. Porém, a expectativa é que a simplificação e unificação dos tributos traga benefícios, como menos burocracia e menos risco de bitributação. O melhor caminho é buscar apoio contábil para encontrar oportunidades e mitigar impactos.

Quanto custa para migrar para CBS?

Não há uma taxa direta para migrar para CBS, pois a mudança ocorre por força da lei. O custo estará mais relacionado a ajustes em sistemas e processos internos, atualização do sistema de emissão de notas e possível necessidade de treinamento. O ideal é preparar o setor administrativo e buscar consultoria contábil para não errar na transição.

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LUCCA SOUSA MELO

SOBRE O AUTOR

LUCCA SOUSA MELO

Lucca Sousa Melo é Contador, 39 anos, com mais de 20 anos de experiência em contabilidade e planejamento tributário. CEO da MCO Contábil, é reconhecido por sua atuação estratégica na redução de impostos e na estruturação de rotinas contábeis que promovem segurança, eficiência e crescimento sustentável para pequenas e médias empresas. Com forte compromisso com a qualidade técnica, Lucca é movido pelo desafio de traduzir as exigências fiscais e contábeis em soluções práticas, garantindo conformidade legal e suporte qualificado à tomada de decisões. Sua trajetória é marcada por uma abordagem consultiva, foco no cliente e constante atualização frente às mudanças da legislação e do cenário empresarial.

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